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Maioria das Mulheres Brasileiras aponta Impacto da Inflação no Dia a Dia, teme piora da economia e vê recuperação distante, revela RADAR FEBRABAN
Edição especial da pesquisa, feita exclusivamente com mulheres, mostra que embora os golpes envolvendo instituições bancárias se proliferem, a maior parte das entrevistadas afirmou não ter sido vítima
17/03/2022 - 11:01 - A crise econômica, agravada pelo conflito entre Ucrânia e Rússia, chegou aos lares brasileiros e as mulheres mostram que sentem seus efeitos no dia a dia das famílias. A maioria das entrevistadas aponta que a inflação sob o consumo de alimentos é o item que mais tem impactado em suas vidas e 93% atestam que o preço dos produtos aumentou ou aumentou muito em relação ao ano passado. Com relação ao futuro próximo, predomina a percepção de que alguns dos principais aspectos econômicos irão piorar nos próximos seis meses. A recuperação econômica também ainda está longe do horizonte: 44% das entrevistadas acreditam que a sua vida financeira e familiar só irá se recuperar após 2022. Essas expectativas desfavoráveis são reveladas pela mais nova rodada da pesquisa Radar FEBRABAN, realizada exclusivamente com a população feminina, entre os dias 19 de fevereiro e 2 de março, nas cinco regiões do país. Quando pensam na economia do país, sobe para 60% o percentual daquelas que desacreditam numa recuperação ainda esse ano. Além disso, mais da metade das brasileiras crê que o país só voltará a crescer a partir do ano que vem. Caso venham a dispor de recursos extras no orçamento doméstico, 29% disseram que comprariam um imóvel. A aplicação de dinheiro na poupança vem em 2º lugar como destino para os recursos financeiros, seguida da aplicação em outros investimentos bancários. Embora os golpes envolvendo instituições bancárias ganhem noticiário, a maior parte das entrevistadas afirmou não ter sido vítima de qualquer deles. Entre aquelas que afirmaram ter sido enganadas, a clonagem ou troca de cartão é o que prepondera. Mais da metade das entrevistadas dizem já ter recebido comunicação do banco instruindo sobre golpes e quase a totalidade consideram tais materiais importantes ou muito importantes. Essa quinta edição do RADAR FEBRABAN avaliou a evolução da expectativa das brasileiras sobre os seguintes temas e apresenta ainda um recorte regional: Perspectiva de Recuperação da Economia Bancos Golpes e tentativas de golpes A pesquisa se soma ao Observatório FEBRABAN e à FEBRABAN News, criados em 2020, como instrumentos para estreitar o diálogo do setor bancário com os brasileiros, tornando-se polo de notícias, conteúdo e ponto de encontro de debate. “Com o recuo das estatísticas mais negativas da pandemia e o retorno às atividades presenciais do comércio, prestação de serviços, educação e outras, o cenário do país indica o início da retomada e recuperação. Mas esta pesquisa RADAR FEBRABAN mostra que o cenário econômico adverso está contaminando as expectativas de recuperação, particularmente diante dos efeitos da guerra na Europa”, aponta o cientista político e sociólogo Antonio Lavareda, presidente do Conselho Científico do Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (IPESPE), responsável pela pesquisa. A seguir, alguns pontos da edição especial do RADAR FEBRABAN: RECUPERAÇÃO DA ECONOMIA FAMILIAR E NACIONAL Predomina (44%) a percepção de que a situação financeira e familiar só irá se recuperar depois de 2022. Esse percentual cai para 37% entre as que têm ensino superior e para 33% entre as que têm renda acima de 5 SM. Parcela de 8% das brasileiras não vê perspectivas de recuperação de sua vida financeira. Quanto à recuperação da economia, a expectativa é ainda mais distante, só depois de 2022 vai para 60%. Esse percentual chega a 65% entre as que têm ensino superior, sendo menor (55%) entre as que têm até o fundamental. Mais otimistas e mais pessimistas praticamente empatam: 15% consideram que a economia do país vai se recuperar ainda esse ano (com resultados bastante homogêneos nos diferentes estratos); e 16% não vêm quaisquer perspectivas de recuperação. 56% das mulheres apostam que o Brasil só vai voltar a crescer depois de 2022. Para cerca de um quinto (22%), o país vai voltar a crescer ainda esse ano. Apenas 5% avaliam que o país já voltou a crescer em 2021, e 1% considera que o crescimento do país não foi afetado. Para 8%, o país não vai se recuperar. EXPECTATIVA SOBRE ASPECTOS DA ECONOMIA 74% das brasileiras vislumbram o aumento da taxa de juros esse ano. 71% das entrevistadas apostam no aumento da inflação e aumento do custo de vida. 44% das mulheres acreditam em queda no poder de compra (contra 52% que creem em aumento ou estabilidade). 43% sinalizam que haverá crescimento do desemprego (contra 53% que acreditam em diminuição ou manutenção do nível atual). 25% afirmam que o acesso de pessoas e empresas ao crédito irá diminuir (contra 69% que acham que ficará como está ou irá aumentar IMPACTO DA INFLAÇÃO É quase uma unanimidade (93%) a percepção de que a inflação e o preço dos produtos aumentaram ou aumentaram muito de 2021 para 2022. Em todos os estratos, esse percentual fica acima de 90%. É no consumo de alimentos (83%) que a inflação mais pesa no bolso das mulheres. Esse percentual chega a 86% na faixa de 25 a 44 anos e entre as que ganham até 2 SM, caindo para 76% na faixa de 60 anos ou mais. Demais itens quando se pensa em impacto no custo de vida. 35% - preço do combustível 18% -serviços de saúde ou remédios 7% - juros do cartão de crédito, financiamento ou empréstimo 5% - transporte público 4% - ensino CONSUMO Entre as brasileiras, o desejo de comprar uma casa (29%) – 34% na faixa de 25 a 44 anos – ou os planos de reformá-la (20%) – 23% nas faixas de 45 anos ou mais – estão entre os principais destinos a serem dados a eventuais recursos financeiros extras. Concorrendo com os bens imóveis está a aplicação na poupança (23%) e em outros investimentos bancários (22%), reiterando a confiança nos bancos. Comprar imóvel – 29% Aplicar na poupança -23% Aplicar em outros investimentos bancários -22% Reformar a casa -20% Fazer cursos e melhorar a educação sua e da família – 12% Viajar – 9% Comprar carro - 8% Fazer ou melhorar o plano de saúde – 8% Comprar eletrodomésticos ou eletrônicos - 4% Comprar moto – 3% AVALIAÇÃO DOS BANCOS Entre as brasileiras, a confiança nas instituições financeiras é alta, sendo maior em relação às fintechs (66% confiam) que aos bancos tradicionais (59% confiam). Nas empresas privadas em geral, essa confiança é de 52%. Na população feminina bancarizada, quase oito em cada dez (75%) declaram-se satisfeitas ou muito satisfeitas com o atendimento prestado pelos bancos. Pelo menos metade das brasileiras avalia que os bancos têm contribuído ou contribuído muito para, principalmente: ▪ O desenvolvimento da economia brasileira (56%) ▪ Ajudar o país, a população e seus clientes a enfrentarem a crise do coronavírus ▪ Para a geração de empregos (50%) • Melhoria da qualidade de vida das pessoas (48%) • Seu negócio ou a sua atividade profissional (43%) GOLPES E TENTATIVAS DE FRAUDE O número de entrevistadas que já foram vítimas de golpes ou de tentativas de golpes é de 26%. Nesse caso, diferenças importantes podem ser observadas conforme idade, escolaridade e nível de renda: ▪ Mais vitimizadas: as que têm renda acima de 5 SM (30%) e nível superior (29%); e aquelas na faixa de 60 anos ou mais (29%). ▪ Menos vitimizadas: as jovens de 18 a 24 anos (17%) O golpe mais comum (49%) é a clonagem de cartão de crédito ou troca de cartões. A menção a esse tipo de fraude passa de 60% entre as que tem nível superior e renda acima de 5 SM. O golpe da central falsa, em que alguém pede seus dados por telefone, é mencionado principalmente na faixa de 25 a 44 anos (35%), caindo para 18% na faixa de 60 anos ou mais. Em terceiro lugar, destaca-se o golpe do WhatsApp, no qual o fraudador se passa por um conhecido solicitando dinheiro (28%). Nesse caso, as menções são mais frequentes entre as jovens de 18 a 24 anos (45%). Há ainda 6% que citam o golpe do leilão da loja virtual falsa, mais frequente entre as faixas de 25 a 44 anos e 60 anos ou mais, ambas com 7% das menções. O número das que receberam materiais de comunicação de bancos ou outras entidades alertando sobre golpes é de 56%. Esse percentual chega a 63% tanto entre as que têm nível superior, quanto entre as que têm renda acima de 5 SM. É superlativa a atribuição de importância a esse tipo de informação para a prevenção de golpes e fraudes: 96%, chegando a 99% na faixa de 45 a 59 anos, bem como entre as de renda acima de 5 salários-mínimos. A íntegra do quarto levantamento RADAR FEBRABAN, pesquisa FEBRABAN News-IPESPE pode ser acessada neste link. O recorte regional poderá ser visto aqui. FEBRABAN - Federação Brasileira de Bancos |
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