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Comunidades de Petrópolis discutem Direito à Cidade
Evento online reforça protagonismo de quem vive em periferias para a construção um plano de desenvolvimento urbano local  

18/03/2021 - 14:47 - No próximo sábado (20), das 9h às 12h, o Fórum Itaboraí: Política, Ciência e Cultura na Saúde e o Programa de Desenvolvimento do Campus Fiocruz Mata Atlântica, ambos programas da presidência da Fiocruz, promoverão um encontro online para discutir o direito à cidade. Um tema amplo e com diversas facetas, que será abordado no contexto de duas comunidades de Petrópolis: Amazonas, no bairro Quitandinha, e Vila Rica, em Pedro do Rio. Com o título Direito à cidade: construindo um Plano de Desenvolvimento Urbano Local para Territórios Saudáveis, o encontro reunirá especialistas na temática, representantes de movimentos sociais e também pessoas que exercem papel de liderança nessas comunidades. O evento será transmitido pelo YouTube do Fórum Itaboraí (https://www.youtube.com/channel/UCHjK2jruJLs6R6hVdNlBYcg/featured) e a programação pode ser encontrada no site da instituição (http://www.forumitaborai.fiocruz.br).

Segundo o Diretor do Fórum Itaboraí, Felix Rosenberg, a iniciativa nasce com o propósito de ser um ciclo de encontros para debater o direito à cidade e a sua relação com a saúde, nas perspectivas de diferentes territórios petropolitanos do centro e da periferia. Territórios estes, que, desde 2017, vêm sendo mapeados pelas equipes do Fórum Itaboraí e da Secretaria Municipal de Saúde, com a participação de moradores das comunidades envolvidas. Denominado “Diagnóstico Rápido Participativo – DRP”, o trabalho possibilitou um retrato social dos territórios participantes a partir de diferentes visões e, desde então, vem subsidiando projetos e iniciativas de redução das desigualdades e de promoção da saúde nessas comunidades. De acordo com Rosenberg, o evento de sábado será uma primeira experiência “com o protagonismo da comunidade reconhecendo suas principais fragilidades e potencialidades, para que, com apoio de assessoramento profissional, possa elaborar projetos de transformação territorial local”, explica o diretor, ressaltando que, se bem sucedidos nessas comunidades, os eventos poderão despertar o interesse em outras de semelhantes condições de fragilidade urbana e social.  

Para o coordenador do Programa de Desenvolvimento do Campus Fiocruz Mata Atlântica, Gilson Antunes, essa é uma oportunidade de ambas as unidades aprofundarem laços de complementariedade e o compartilhamento de aprendizados das experiências que desenvolvem. “Juntas, assumimos a missão explícita ou implícita de reduzir desigualdades sociais como determinantes das iniquidades em saúde e desenvolveremos projetos que respondam a princípios e pressupostos da promoção da saúde, incluindo a necessidade de fortalecimento do SUS e de acesso ao direito à cidade e à moradia digna em territórios vulneráveis”, conclui o coordenador.

Fórum Itaboraí – Fiocruz

Inaugurado em 18 de outubro de 2011, como um programa especial da Presidência da Fiocruz, o Palácio Itaboraí abriga o Fórum Itaboraí: Política, Ciência e Cultura na Saúde. O Fórum é um espaço permanente de reflexão e geração de ideias, que tem como principal objetivo reunir intelectuais, cientistas, artistas, gestores e usuários de educação e saúde do Brasil e do estrangeiro, para gerar formulações de políticas e práticas tendentes a reduzir as desigualdades sociais na saúde. O Fórum também desenvolve ações comunitárias que permitam pôr em prática atividades inter e transetoriais. Entre essas práticas se destacam: o Programa de Biodiversidade e Saúde, cujos principais projetos envolvem a agroecologia e plantas medicinais, além da Trilha do Arboreto, uma trilha urbana de 808 metros, com um acervo de mais de 400 espécies de plantas vivas e identificadas, sendo a maior parte delas medicinais, que visam disseminar e resgatar os conhecimentos tradicionais e populares do cuidado na saúde; a Orquestra de Câmara do Palácio Itaboraí – OCPIT; o desenvolvimento e aplicação de tecnologias sociais (como o Diagnóstico Rápido Participativo – DRP, o Teatro do Oprimido e a cartografia participativa) para o estudo participativo dos determinantes de saúde de territórios em Petrópolis e atuação articulada com outros setores, como o poder público e universidades, para o desenvolvimento local; incluem-se, ainda, a Biblioteca Livre do Palácio Itaboraí, com acervo focado nos Programas do Fórum e disponibilização de acesso a bibliotecas virtuais; atividades de apoio à capacitação tecnológica para trabalhadores de saúde; a investigação-ação participativa no campo da promoção da saúde; debates culturais, projetos, eventos e exposições de artes e cultura, entre outras.

Thaís Ferreira
Programação dos filmes em cartaz