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Guarda Civil encerra Curso de Capacitação sobre Violência contra Mulher
01/04/2019 - 17:52 - A Guarda Civil encerrou nesta segunda-feira (01.04) o curso de capacitação de todos os agentes para atuarem situação de violência contra a mulher. Todos os guardas da ativa participaram das aulas, ministradas em conjunto com o Centro de Referência de Atendimento à Mulher (Cram) no mês de março, período dedicado a marcar a luta pelos direitos femininos.

“É extremamente importante abrir mais um canal de acolhimento de mulheres que estiverem passando por uma situação de violência. E é um canal capacitado e que está sempre à disposição para dar todo apoio necessário à população”, ressalta o prefeito Bernardo Rossi.

O curso surgiu por ideia da subcomandante da Guarda, Claudia Conceição, e do Gabinete da Cidadania, para preparar a corporação para prestar o atendimento correto em casos de agressão contra mulheres.

“Só tenho a parabenizar cada guarda que participou do curso pelo interesse em mudar a visão do nosso próprio trabalho. Hoje somos cada vez mais uma Guarda cidadã”, falou a subcomandante da corporação, Cláudia da Conceição.

No encerramento, todos receberam um cartão lembrando que o atendimento à vítima é prioridade durante a ocorrência e quais são os meios de comunicação nesses casos: Guarda (telefone 153); Cram (2243-6152 / 2243-6212 / 9 8839-7387 – Whatsapp); Polícia Militar (2291-5071 / 2291-4020 / 9 8833-8202 – Emergência / 9 9222-1489 – Whatsapp); e Central de Atendimento à Mulher (180).

“Nós somos, muitas vezes, a porta de entrada para denúncias. Quando uma pessoa vê o guarda de uniforme, vê ali o ponto de apoio para ela. E o agente precisa de todo conhecimento para atender da forma correta. Essas mulheres estão criando coragem e nós estamos mais preparados que nunca para acolher a mulher vítima”, afirmou o comandante da Guarda, Jeferson Calomeni.

Durante o curso, a psicóloga do Cram, Liane Diehl, apresentou atributos psicológicos apresentados pelas vítimas de violência e como o agente deve se comportar no atendimento à mulher que procura ajuda após sofrer uma agressão. Já o corregedor da corporação e bacharel em Direito, Vinicius Silva, apresentou os dispositivos da Lei da Maria da Penha, que serviu de base legal para as aulas.

“O ganho é enorme. Cada guarda que está na rua, com essa capacitação, está aumentando a linha de atendimento que a gente já presta no Cram. Essa informação precisa chegar para a mulher de forma que ela se sinta segura de que agora ela tem mais um canal para procurar ajuda”, disse Liane.

“Nós somos servidores e estamos aqui para prestar o melhor atendimento possível ao público. Com esse curso e a com troca de informações, não só a Guarda ou a prefeitura, mas a população tem muito ganhar”, declarou Vinicius.

O secretário-chefe de Gabinete, Renan Campos, participou do encerramento e lembrou que o curso de capacitação visa proporcionar um atendimento profissional e humanizado, como o município já faz no Cram e que vem sendo reforçado com a instalação das salas Violeta (para atendimento de mulheres que procuram o Fórum de Justiça e conseguem medidas protetivas em poucas horas) e Lilás (que está sendo construída para ser uma área de atendimento exclusivo de mulheres no IML).

“Ver a Guarda trabalhando tão perto da população e com tanto afinco dá muito orgulho. A gente sabe da importância da capacitação para todos os agentes. Que vocês possam usar da melhor maneira possível esse conhecimento quando for necessária a atuação”, colocou o secretário-chefe de Gabinete, Renan Campos.

A Lei Maria da Penha existe há 13 anos e protege mulheres de diversas formas de violência – sofrimento psicológico, violência sexual, violência patrimonial. A legislação estabelece que se enquadram nesses casos mulheres são vítimas de agressões vindas de alguém que possui vínculo com ela. Em Petrópolis, os casos o Cram (Centro de Referência em Atendimento à Mulher) fez 163 atendimentos apenas três meses deste ano – 638 no ano passado –, mostrando a importância que o acolhimento correto tem para o público feminino.

“Para nós também foi muito importante porque o curso aconteceu no mês em que mais trabalhamos. Tenho muito respeito por todos os guardas. E o mais importante é deixar a mensagem de que somos iguais e que não queremos tomar o lugar de ninguém, só queremos o respeito”, destacou a coordenadora do Cram, Cléo de Marco.
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