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Família Acolhedora realiza Primeira Palestra de Capacitação em Parceria com o Nape-IJ
Primeira palestra de capacitação é voltada a voluntários e público em geral

21/02/2019 - 18:01 - A Família Acolhedora em parceria com o Núcleo de Atendimento Psicológico Especializado Infanto-juvenil (Nape-IJ) realizam a primeira palestra de preparação para voluntários ao acolhimento de crianças em vulnerabilidade social. A iniciativa presta capacitação para famílias interessadas no auxílio a crianças retiradas temporariamente, por decisão judicial, do convívio de suas famílias biológicas. O primeiro encontro vai tratar do tema Abuso Sexual Infantil e Alienação Parental, no dia 27 de fevereiro, às 19h, na sede do serviço, na Rua Coronel Veiga, 1559. 

A palestra é aberta ao público e às pessoas que estiverem interessadas, não apenas em ser voluntárias, mas para os que quiserem atuar como multiplicadores da iniciativa. Para participar, os interessados podem se cadastrar pelo telefone 2249-4319. Essa será a primeira de nove palestras realizadas com as famílias candidatas a receber crianças e adolescentes em situação de risco social. Durante os encontros são tratados temas como desenvolvimento da criança e adolescente, traumas psicológicos que as crianças podem apresentar, política municipal de assistência social, abuso sexual, alienação parental, entre outros.

“Esse é um trabalho de grande importância para a garantia da integridade e qualidade de vida das crianças que tiveram que ser afastadas de suas famílias biológicas. O município tem buscado mecanismo para contribuir para o desenvolvimento desses jovens”, destaca o prefeito Bernardo Rossi.

O primeiro tema escolhido para a capacitação atende a um pedido dos próprios participantes do serviço e acompanha as discussões atuais sobre os impactos na vida da criança que passa por algum tipo de abuso, entre os quais, a alienação parental. “Inserimos esse tema na capacitação dos voluntários a se tornar uma família acolhedora. Essa parceria com o Nape é de grande importância para tratar desse tema tão delicado”, destaca a secretária de Assistência Social, Denise Quintella.

A inclusão do tema visa contribuir para que os voluntários que se tornarem uma família acolhedora possam identificar casos em que as crianças e adolescentes tenham passado por algum tipo de abuso. Por ser um tema novo, as famílias que já se capacitaram em 2018 poderão acompanhar. “A palestra pretende ajudar as famílias que recebem as crianças ou adolescentes a identificarem e lidar com os casos em que os acolhidos passaram por alguma situação de abuso”, explica a assistente social do serviço, Ivanira Rabelo.

A iniciativa visa oferecer um instrumento a mais ao trabalho da Vara da Infância, Juventude e do Idoso no acompanhamento, avaliação e definição sobre o destino dos jovens acolhidos. O órgão é o responsável por encaminhar as crianças ao serviço quando identifica a necessidade do afastamento temporário do convívio com a família biológica. Isso ocorre quando é identificada a prática de abusos físicos ou psicológicos que coloquem em risco a integridade da criança e adolescente. No caso de alienação parental, a palestra pretende alertar dos danos que a prática pode causar na vida dos jovens. “Consideramos importante as famílias terem ciência do que é essa prática”, destaca a assistente social.

Esse é um assunto que faz parte do trabalho de orientação desenvolvido pelo Nape-IJ. A proposta é fazer uma ação preventiva para que a prática não ocorra e seja possível se identificar os atos que podem causar traumas na vida das crianças e adolescentes. “Buscamos mostrar formas de se identificar a existência de algum tipo de abuso, mas alertamos para o cuidado que se deve ter em denunciar a existência do abuso. Muitas vezes se trata apenas de uma mudança de comportamento”, destaca a psicóloga e coordenadora do Nape-IJ, Isabela S. Wildberger, ressaltando que a iniciativa visa evitar interpretações equivocadas.

Ao que se refere à alienação parental a psicóloga reforça que pretende mostrar aos pais o quanto a prática pode ser prejudicial. “A alienação parental pode gerar falsa denúncia de abuso, que além de prejudicar injustamente um dos responsáveis pela criança ou adolescente, também pode provocar sequelas emocionais aos jovens. É um tipo de violência psicológica”, destaca a psicóloga.
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