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Sou uma Empresa e Não Sabia

 Em mais este artigo Mairom Duarte mostrará aos seus leitores como as empresas funcionam. Como nossa vida em casa imita uma empresa, mesmo que pequenininha. De que forma nos relacionamos com as empresas em nosso dia-a-dia.

Você sabia que em nosso dia-a-dia administramos nossa vida como se fôssemos uma empresa? Que muitas das coisas que fazemos nessa administração diária são também feitas pelas empresas? Pois é! Mas é isso mesmo!
Também aplicamos em casa muitas das técnicas que são utilizadas no gerenciamento das empresas. E uma coisa interessante é que essas técnicas têm nomes. E às vezes ouvimos falar esses nomes, mas não os relacionamos com o que fazemos.

JUST-IN-TIME, JUST-IN-CASE, KANBAN, ESTOQUE, PONTO DE PEDIDO, QUANTIDADE DE REPOSIÇÃO, CADEIA DE SUPRIMENTOS. São apenas alguns exempos. Tudo isso faz parte de nossa vida. Acredita?
E isso acontece há muito tempo.

Como é, por exemplo, que cuidamos de nosso bujão de gás? Não são dois que sempre existem, na maioria das vezes? Um em uso e outro de reserva? E quando um acaba este não é prontamente substituído por um cheio? Isso é o que se chama de KANBAN, onde um sinal visual (nesse caso o bujão vazio) é fornecido indicando que alguma coisa deve ser comprada.

E por que não esperamos o bujão acabar e somente então comprar outro? Por que nós mantemos sempre um em ESTOQUE? Por que o bujão é pesado, dificil de movimentar e, também, não é muito fácil de adquirir imediatamente quando falta. Isso se chama JUST-IN-CASE, quando mantemos um produto em estoque para utilizar imediatamente quando necessário. E nesse caso o temos em estoque por que ele é dificil de movimentar, difícil de adquirir de forma imediata e, se faltar, causa mal-estar em nossa casa, não é mesmo? Principalmente quando estamos fazendo nosso almoço ou jantar!

E quando vamos escovar os dentes e a pasta acaba? Vamos ao armário onde deixamos em ESTOQUE tubos cheios. Se abrimos a última pasta de dente ou verificamos que após essa existe apenas mais uma para ser usada, significa que é hora de repor o ESTOQUE. Isso é sinal de comprar algumas e deixar em ESTOQUE. Pois é! Isso tem o nome de PONTO DE PEDIDO ou PONTO DE REPOSIÇÃO, onde a quantidade de produtos que ainda temos em ESTQOUE indica que nosso ESTOQUE chegou a uma determinada quantidade e que está na hora de comprar alguma coisa em alguma quantidade (nesse caso tubos de pasta de dente).

E essa quantidade é para durar algum tempo. E nós, intuitivamente, compramos mais de um tubo, para que passemos mais tempo sem precisar comprá-lo novamente. Essa quantidade que compramos se chama QUANTIDADE DE REPOSIÇÃO, cuja quantidade é calculada pelas empresas em função do valor, tempo e dificuldade de comprar no mercado.

E nós também fazemos isso! Se o produto é barato, compramos mais de uma unidade e deixamos em ESTOQUE, certo? Como o tubo de pasta de dentes. Se o produto é caro ou volumoso, compramos pouco ou até mesmo uma unidade e, às vezes, nem fazemos ESTOQUE: compramos somente quando precisamos ou  quando o produto em nossa casa acaba. Como o bujão de gás.

Nesse caso utilizamos com a pasta de dentes os dois conceitos de JUST-IN-CASE e ESTOQUE. Por quê? Por que pasta de dentes é barata (podemos ter ESTOQUE) e não queremos ficar sem escovar os dentes.

Mas, no caso de bujão de gás, às vezes, temos somente um bujão, por que não há espaço disponível para fazer ESTOQUE do segundo. O que acontece então? Quando o gás acaba, imediatamente fazemos uma ligação para a companhia de gás e, em no máximo 4 horas o bujão cheio chega. Nesse caso, estamos usando o JUST-IN-TIME, onde não há estoque e o abastecimento é feito imediatamente (ou quase) quando a falta do produto ocorre. No nosso caso, até nos sujeitamos a ficar um tempinho sem o produto. Mas as empresas que aplicam o JUST-IN-TIME o programam junto aos fornecedores para que estes entreguem os produtos imediatamente antes de sua falta ou pouquíssimo tempo depois dela.

O controle de nossos SUPRIMENTOS é intuitivo. Mas tudo isso é feito pelas empresas de forma sistemática, prevista e calculada. Todas essas nossas atividades do dia-a-dia nas empresas faz parte da CADEIA DE SUPRIMENTOS.
Você já tinha pensado nisso?

Agora você já pode dizer para seus amigos: para a minha CADEIA DE SUPRIMENTOS, calculei meu PONTO DE PEDIDO para a pasta de dentes e por ela ser barata, decidi por utilizar o JUST-IN-CASE e sempre que eu tiver uma unidade em ESTOQUE, vou COMPRAR como QUANTIDADE DE REPOSIÇÃO cinco unidades. Já no caso do bujão de gás, vou usar o JUST-IN-TIME e utilizar o próprio bujão em uso como meu KANBAN, pois conversei com meu FORNECEDOR de gás e ele me garantiu que assim que eu ficar sem gás ele me entrega em 1 hora.

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Mairom Duarte é Petropolitano, Diretor da Costa Salgueiro Consultoria Ltda desde 2000, empresa também de Petrópolis. É Engenheiro Eletricista pela UFRJ (1983). Possui larga experiência em Consultoria Empresarial, tendo trabalhado por 14 anos na Accenture Consulting e 3 anos na Ernst & Young Consulting. É especialista em gestão de negócios, participando e coordenando projetos de reestruturação empresarial e implantação de sistemas de gestão integrada em empresas de grande porte como Petrobras, Votorantin, Jornal do Brasil, Vivo, Light, Coelba, Braspetro Colômbia, Karsten, CPFL, Grupo Industrial João Santos, Cimento Mauá, Braskem, entre outros.

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