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Conversando com Tê - Para Início de Conversa

Para Início de Conversa

Tê Barbosa - 13/03/2008

Agora eu sou digital. Estréio com muito orgulho e carinho nesse site capitaneado pela Gabi e o Aldemir, companheiros de entusiasmo e de sonhos. A Gabi que tem mãos de fada, feições de anjo de candura mas que enfrenta e vence a vida com garras de leoa. O Aldemir que é defensor das causas humanas, que não tem a menor paciência para ataques de moça mas traz no peito um coração doce.

Por isso, quero compartilhar com você que gentilmente me lê, a deliciosa sensação que me faz sentir que o chão que piso é macio algodão; que felicidade é o pedaço que me cabe de fato e de direito neste humano latifúndio. Maravilhosa sensação que é capaz de fazer com que eu crie asas, tornando possível o impossível e transformando sonho em realidade.

Essa sensação que é qual fogo que arde devastadoramente me envolvendo de luz, beleza e magia; que é  a abóbora que vira carruagem; que é a borralheira que se transforma em Cinderela; que é a fera que em metamorfose se torna a mais bela. É o olhar extasiado diante de uma gravura quixotesca de Portinari. É ternura que transborda, transcende a física e que Freud não explica. Explicar pra quê? O motivo de tudo isso? AMIZADE.

Meus amigos mais diletos são muito especiais e fazem parecer que dentro do meu peito bate mais de um coração. Meus amigos são como estrelas - faça chuva ou faça sol – eles clareiam o meu céu. Cada um com seu jeito de ser, brilho próprio, limites, palpites, certezas, inseguranças, mas com um quê a mais  que me faz amá-los por tudo que são ou  até mesmo pelo que deixam de ser.

Meus amigos são todos MA-RA-VI-LHO-SOS. Sem defeitos.  Perfeitos em suas humanas imperfeições, sejam elas quais forem. Amigos que em meu peito acalento com carinho e aos quais hei de amar até morrer. Pudesse eu os ninava a todos, aninhados em meu colo quando percebo um risco de tristeza empanando a beleza de seus rostos.

Por eles, vivo transbordando de amor. Desse amor que se derrama tão espontaneamente e penetra meu corpo frágil como um bálsamo abençoado que me consola, que me cura as feridas ou que simplesmente me faz ter vontade de cantar, rir ou dançar, mesmo quando trago o coração dilacerado pelas batalhas dessa minha vida atribulada. Por eles, brigo, xingo, rodo a baiana, mostro a língua e faço cara de má.

Certas vezes, tenho vontade de rodeá-los com meus braços e me fazendo um gigante, em largas passadas, transportá-los pra Shangrilá. Gostaria também de fazer um acróstico para cada um deles mas teria que passar a minha vida inteira fazendo só isso, no entanto, seria preciso ganhar na Mega Sena. E aí sim, eu poderia realizar de cada um o sonho sonhado há tanto tempo guardado dentro de seus corações. Ah, como seria bom se eu pudesse ver em cada rosto amigo a cara estampada da felicidade.

Quando os tenho ao meu lado, eu me sinto tão poderosa que seria capaz de, como Atlas, levantar o mundo com minhas próprias mãos, assim,  como se fosse uma pena de águia. Meus amigos são o mundo. Um mundo que ainda acredito possível ser fraterno, ameno e definitivamente humano. Com eles, eu me sinto outra vez criança. Sinto gosto de esperança. Quando estou ao lado deles me esqueço que a vida é feita de muitos matizes, de vermelhas cicatrizes e a imagem que se forma tem apenas uma cor – é tudo azul. E assim, me vejo refletida na paisagem de um país, onde banho meus ombros cansados em um mar de calmaria e de luz.

Os meus amigos mais diletos nem imaginam com que intensidade deliciosamente sorvo cada palavra, me encanto com cada gesto e fotografo cada feito e trejeito de suas feições, impregnando minhas retinas de Rembrandts, Van Goghs e Dalis. Ouço suas risadas, suas falações sem fim, suas razões, seus desatinos, seus discursos filosóficos, seus bocejos, suas perdas, suas conquistas, seus desejos e sinto que a vida tem sentido e que existe, em todo o caos do universo, uma explicação lógica e divina, e que tudo vai dar certo.

Meus amigos são como a raiz de um jatobá, forte e firmemente cravada na terra da pátria amada por mim. O amor que sinto por eles é uma estrada sem fim que me aproxima de Deus – sem mais adeus - e que me faz acreditar que eu nasci pra ser feliz. Melhor que isso, é a inigualável e indescritível sensação de ser avó mas essa é uma  história para uma outra conversa. Por enquanto, um beijo carinhoso da Tê pra você que gentilmente me lê.


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