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O Uso de Peles Dividiu o Mundo da Moda em Paris

Em mais um lançamento das grandes coleções em Paris, a utilização, ou não, de peles como elementos nas principais coleções das grandes casas francesas voltou a ordem do dia.

E podemos considerar este fato uma vitória dos ambientalistas e defensores dos direitos dos animais, pois o debate é essencial para o esclarecimento da sociedade sobre esta indústria de crueldades.

Infelizmente, algumas grandes grifes como Jean-Paul Gaultier, Valentino ou Christian Lacroix reiteraram sua volta às peles com uma seleção de casacos com arremates e apliques, recebendo elogios das maisons de luxo.

"As peles sempre estiveram presentes", disse Gaultier depois de receber aplausos extasiados por um casaco longo que misturava pele com "tartan" escocês.

O que destacamos como essencial é que todas as pessoas estejam conscientes da origem dos materiais que usam no seu dia a dia e isto deve passar por um sapato, bolsa, refeição ou até mesmo este casaco de pele luxuoso.

Não podemos simplesmente ignorar as práticas cruéis e o sofrimento dos animais que são mortos para manutenção de certas futilidades.

Existem grandes "fazendas" espalhadas pelo mundo que criam animais de pequeno porte unicamente para abate e retirada de sua pele. Tanto na Europa quanto na China, as condições de criação e abate são, indiscutivelmente, inadequadas e violentas. Os animais ficam confinados em gaiolas por toda sua breve existência, sem nunca terem direito a pisar no chão ou correr, muitas das vezes no escuro e são abatidos de forma cruel quando atingem idade e peso considerados adequados pelos "criadores".

É muito importante constatar que hoje em dia, já existem estilistas que dizem que mulheres que usam casacos de vison ou raposa, carregam o sofrimento de animais em sua consciência.

Com isso, eles reforçam os nossos argumentos e de outros ativistas dos direitos dos animais que nus, tentaram atrapalhar alguns desfiles em que as peles tinham presença forte.

"Discordo totalmente da presença de animais eletrocutados nas costas das pessoas", declarou a estilista britânica Stella McCartney aos jornalistas após seu desfile de prêt-à-porter sem peles, em que apresentou cardigãs de lã e tops de cashmere. Sua coleção formou um contraste com os casacos de gola de pele apresentados por Lacroix e Valentino.

Uma manifestante nua saltou sobre a passarela de Lacroix, mostrando aos fotógrafos suas costas, em que a palavra "pele" estava pintada, antes de ser arrastada para fora por seguranças. Manifestantes também tinham tentado interromper o desfile de Valentino.

McCartney, que é filha do ex-Beatle Paul, disse que não faltam alternativas às peles:"Temos tudo. Estamos usando muitos tafetás, muitos cetins, cashmeres e tricotados", disse a estilista, que acaba de lançar uma linha de produtos dermatológicos orgânicos. Ela colocou na passarela seus modelos, sendo observadas na primeira fileira por editores de moda que, infelizmente, vestiam peles.

Além dos estilistas, ainda é necessária a conscientização dos dirigentes dos grandes varejistas internacionais, principais compradores de peças destas coleções, para que estes produtos deixem de ser oferecidos ou sejam substituídos por sintéticos, dispóníveis em grande quantidade.

As passarelas tornaram-se hoje em dia mais um espaço para questionarmos velhos valores que precisam ser mudados.

O ser humano necessita entender que não tem mais direito de atuar como uma gigantesco predador dos recursos naturais do planeta, com livre arbítrio para matar outras espécies pelos seus interesses econômicos.

Matéria enviada como gortesia do Gapaitaipava.

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