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Petrópolis é referência no Estado no envio de Peçonhentos para Produção de Soros e Vacinas
Em quatro meses Vigilância Ambiental encaminhou 57 animais peçonhentos ao Instituto Vital Brazil

Secretaria de Saúde orienta população sobre os cuidados para prevenir acidentes

08/05/2018 - 17:57 - Petrópolis é referência em todo o Estado no envio de animais peçonhentos para produção de soros no Instituto Vital Brazil. Ampliando o fornecimento do medicamento em todo o Estado, a Vigilância Ambiental encaminhou no ano passado 176 animais ao instituto. Neste ano, através de um trabalho educativo junto às comunidades, o envio de peçonhentos vivos aumentou em 40%, com 71 animais enviados em apenas quatro meses.

Em contrapartida, os acidentes com amimais peçonhentos como cobras, escorpiões e aranhas também aumentaram. No ano passado foram registrados 176 casos de intoxicação em Petrópolis e neste ano, de janeiro a abril, os acidentes já estão em 71 casos. As chuvas típicas desta época do ano fazem com que os  animais peçonhentos procurem abrigo em locais secos, o que aumenta a ocorrência desse tipo de acidente entre a população.

O secretário de Saúde, Silmar Fortes, reforça que em caso de acidente a pessoa deve procurar imediatamente a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Centro. O local é um dos polos para todas as cidades da Região Serrana na aplicação diária dos soros antirrábico, antitetânico, antiofídico (picada de cobra), antiaracnídico (picada de aranha) e antiescorpiônico (picada de escorpião).

“Fortalecemos o trabalho educativo entre o Corpo de Bombeiros e Vigilância Ambiental para a captura desses animaisainda vivos para encaminhamento ao Instituto Vital Brazil para produção dos soros. E traçamos a linha de cuidado com a Coordenação de Epidemiologia e a Superintendência de Urgência no processo de notificação dos casos e tratamento às vítimas de acidentes com animais peçonhentos na Upa Centro”, explica o secretário de Saúde, Silmar Fortes.

A coordenadora da Vigilância Ambiental, Maria Beatriz Fagundes Pellegrini, explica que a população deve acionar o Corpo de Bombeiros para a retirada dos animais ainda vivos do local.  Após o recolhimento, eles são encaminhados para a vigilância para cadastro e encaminhamento para o Instituto Vital Brazil que produz soros específicos para cada tipo de acidente com peçonhento.

“Os animais que não são peçonhentos são devolvidos à natureza. Cabe reforçar que é preciso atenção no manuseio de plantas e galhos neste período e os moradores em áreas de matas onde já é frequente o surgimento desses animais devem inspecionar roupas, calçados, toalhas de banho, de rosto e roupas de banho antes de usá-los”, explica Maria Beatriz.

O atendimento às vitimas de animais peçonhentos é realizado na UPA Centro

Durante o atendimento médico, a pessoa deve informar ao profissional de Saúde o máximo possível de características do animal como cor e tamanho.

A UPA Centro é um dos polos para todas as cidades da Região Serrana na aplicação diária dos soros antirrábico, antitetânico, antiofídico (picada de cobra), antiaracnídico (picada de aranha) e antiescorpiônico (picada de escorpião).

A diretora do Departamento de Vigilância em Saúde, Elisabeth Wildberger,orienta ainda lavar o local com água e sabão e não utilizar nenhuma substância como álcool ou remédios na ferida. É preciso manter a vítima em repouso, com o membro acometido elevado até a chegada à unidade.

“Também é preciso retirar os acessórios que possam levar à piora do quadro clínico como anéis, pulseiras, calçados apertados e manter a pessoa hidratada bebendo água. Não se pode fazer o garrote (método usado para travar a circulação sanguínea) e deve manter a pessoa o mais calma possível. Se por acaso a pessoa ficar agitada, o veneno se espalha com mais velocidade pelo corpo”, disse Elisabeth Wildberger.

A coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Alessandra Cardoso ressalta que a vacina só é aplicada por indicação médica.

“Na hora do atendimento o médico vai avaliar a gravidade do acidente para aplicar os soros e vacinas. Por muitas vezes o acidente é considerado leve onde não é necessário aplicar o soro, então cada caso deve ser avaliado pelo profissional da urgência de acordo com o protocolo determinado pelo Ministério da Saúde”, reitera Alessandra Cardoso.
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