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Secretaria de Saúde reforça importância de Atendimento a Vítimas de Violência
Comissão de Acidentes e Violência buscará integração para criar iniciativas de prevenção

12/01/2018 - 18:09 - A Secretaria de Saúde assumiu o desafio de buscar a consolidação de dados sobre acidentes e violências no município. Atualmente cada unidade de Saúde, entre pública e privada, de Assistência e Apoio ou equipe socorrista detém uma estatística, mas o conteúdo não é repassado à Vigilância Epidemiológica. A prefeitura busca integrar os órgãos, serviços e das Secretarias do governo a fim de se criar ações efetivas de prevenção, conscientização e cuidados em saúde e de assistência às vítimas.

O primeiro passo foi dado. Nesta sexta-feira (12.01) membros da Comissão de Acidentes e Violência se reuniram no auditório do Centro de Saúde para realizar a atualização em vigilância de acidentes e violências. A subnotificação dos casos impacta diretamente na criação de políticas públicas de prevenção.

A violência contra a mulher, por exemplo, em 2012 foram 829 casos notificados à Epidemiologia, em 2016 146 e no ano passado 261. Mas em contrapartida o Centro de Referência de Atendimento à Mulher (Cram) encerrou o ano de 2017 com 454 atendimentos realizados, sendo 252 atendimentos iniciais e 202 casos de retorno onde as mulheres já estão recebendo assistência.

“A pedido do prefeito buscamos essa retomada das atividades regulares da Comissão. Apesar das reuniões estarem sendo realizadas ao longo dos anos, as notificações na epidemiologia vem decrescendo a cada ano. Sem os dados fiéis não conseguimos criar políticas públicas efetivas de prevenção, educação, conscientização e cuidados à população”, afirma Superintendente de Atenção à Saúde, Fabíola Heck.

Criado em 2007, o grupo formado por 23 entidades entre secretarias do governo, socorristas, unidades de saúde pública e privada e órgãos assistenciais, não realizavam as notificações de casos de acidente e violência com regularidade. A coordenação de epidemiologia compartilhou o fluxo de notificação de casos de violências junto ao grupo e apresentou a nova estratégia proposta pelo Ministério Público que prevê ações de atendimento e acompanhamento às vítimas.

“Todas as Unidades de Urgência do Município, sejam públicas ou privadas, precisam preencher um protocolo de notificação para a Epidemiologia e acionar a delegacia a chegada desse paciente. Em reunião junto ao Ministério Público nos foi solicitada a criação de um novo protocolo e fluxo para mulheres vítimas de violência e abuso sexual que contemple desde o atendimento médico prestado até o acompanhamento dessa paciente junto aos setores da Assistência Social”, explica Alessandra Cardoso, Coordenadora da Epidemiologia.

A conselheira tutelar Mérilen Dias espera que haja uma integração maior entre os serviços e setores para que além do município obter os dados fidedignos quanto ao atendimento às mulheres vítimas de agressão também possa acompanhar a vítima e a família com o suporte assistencial e psicológico.

“Nós precisamos nos unir para darmos uma melhor acolhida a essas vítimas. O CRAM e CREAS podem dar esse suporte psicológico, assistencial e até jurídico a essas mulheres e a família que estão envolvidos nesse universo de violência. Mas é fundamental que haja uma definição de fluxos não só para atendimento a essa vítima no momento da agressão, mas também para que ela tenha como se curar dos traumas e se reerguer após esse episódio”, disse.

A Diretora do Departamento de Saúde Mental, Viviane Martins reforça que os profissionais necessitam ficar atentos quanto ao preenchimento das fichas de notificações para que as vítimas de violência sejam atendidas com prioridade.

“Precisamos sensibilizar esses profissionais a preencherem a ficha corretamente como também encaminhar para a Saúde Mental os pacientes com os dados completos. Por muitas vezes atendemos fichas que foram mal notificadas e deixamos de cuidar de um caso grave de abuso porque ele não foi corretamente sinalizado. Também é preciso orientar os pais e cobrá-los a frequência nas consultas, temos muitos casos de abandono de atendimento, então essa integração para melhora da assistência e linha de cuidado das vítimas é fundamental”, avalia.

Participaram do encontro: Representantes dos Hospitais – Unimed, Alcides Carneiro e Nelson de Sá Earp, Pronto Socorro Leônidas Sampaio, Centro de Saúde, Departamento de Atenção Básica, Saúde Mental, Vigilância Epidemiológica, Conselho Tutelar e CRAM.
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