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Secretaria de Saúde traça estratégias de controle a Hanseníase
Só neste semestre dois casos foram notificados no município

Doença tem cura e tratamento é oferecido gratuitamente pelo SUS

09/08/2017 - 17:41 - A Secretaria de Saúde vem mobilizando as equipes de Atenção Básica para promover o diagnóstico precoce e ampliar a notificação de casos de hanseníase no município. A doença está sob controle em Petrópolis há mais de 30 anos registrando uma média de 4 casos a cada ano. Porém, apenas neste semestre, dois homens foram diagnosticados e estão em tratamento na Coordenação de Epidemiologia, o que reforça a importância da atenção aos sintomas iniciais da doença. A hanseníase tem cura e o tratamento é oferecido gratuitamente pelo SUS. Na próxima semana, algumas unidades de saúde farão mobilizações conscientizando sobre o diagnóstico precoce da hanseníase. A programação faz parte do mês de conscientização ao controle da hanseníase em todo o Estado.

A Hanseníase é uma doença contagiosa transmitida por um micróbio (bacilo Hansen), que afeta principalmente a pele e os nervos da face, dos braços, das mãos, das pernas e dos pés. A maioria da população – 90% -  tem uma proteção natural contra a doença que é contraída através do convívio próximo e prolongado com pessoas contaminadas. Tanto adultos quanto crianças podem ter a doença, porém, se observou a incidência de casos em homens a acima dos 50 anos.

A superintendente de Atenção em Saúde, Fabíola Heck, explica que o tratamento é oferecido pelo Ministério da Saúde gratuitamente, mas cabe a atenção das equipes de Saúde, durante o atendimento de rotina, a atenção quanto a manchas, caroços, nódulos sem sensibilidade que surgirem nos pacientes.

“A hanseníase leva, em média, cinco anos para manifestar os sintomas. Então a pessoas pode ter a doença e não saber, quanto mais precocemente se diagnosticar, melhor será resposta ao tratamento. Nós estamos fortalecendo junto às equipes esse olhar diferenciado para que eles mesmos observem nos pacientes se há alguma mancha suspeita que cabe a investigação médica”, afirma Fabíola Heck.

“Os postos do Bonfim, Estrada da Saudade e 1º de maio já estão com programação de palestras, teatros e atividades em grupos de convivência. Há aqueles que farão os alertas durante as consultas, mas é importante frisar a importância do diagnóstico precoce para a doença não evoluir para agravos musculares como atrofia de membros ou perca da sensibilidade”, alerta Fabíola Heck.

Hanseníase leva de 6 meses a 1 ano para ser tratada

O coordenador do Programa de Controle de Hanseníase, o dermatologista Attílio Valentini, explica que é preciso conscientizar tanto a população quanto aos profissionais de saúde a fim de estarem atentos às principais manifestações da doença. Qualquer tipo de mancha dormente deve ser suspeita de hanseníase.

“Nesse caso, é importante que a pessoa vá a uma unidade de saúde para consulta clínica. Por ser uma doença estigmatizante é fundamental a disseminação da informação como ferramenta para melhorar o diagnóstico precoce”, avalia Attílio Valentini.

Uma vez diagnosticada a pessoa receberá o tratamento por medicação oral de 6 a 12 meses ininterrupto. Attílio Valentini explica que os familiares e as pessoas que convivem com o doente também deverão ser avaliados clinicamente.

“Se a pessoa tiver até cinco lesões de pele, o tratamento levará 6 meses. Mas se forem mais de cinco lesões, o tratamento levará 12 meses. São 28 comprimidos que deverão ser tomados todos os dias e sem pausas. A cada início de uma nova cartela, o paciente deverá vir a consulta para tomar uma parte dos medicamentos e levar o restante para casa”, explica o dermatologista que afirma que mesmo que o familiar não apresente sintomas, ele deve ficar atento nos próximos cinco anos se não aparece alguma alteração na pele “como temos o período de incubação de até cinco anos, mesmo que a pessoa não tenha os sintomas ela deve ficar atenta ao longo dos anos por ter convivido com uma pessoa doente”, complementa.​
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