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A importância do Pensamento Matemático
16/09/2016 - 14:28 - Raciocínio contribui para o desenvolvimento das crianças, mas precisa ser estimulado pelos pais. Engana-se quem pensa que a matemática está só nas grandes fórmulas e operações. Essa ciência milenar, do raciocínio lógico e abstrato, está presente em toda a nossa vivência, se relacionando com diversas questões do cotidiano. O pensamento matemático deve ser estimulado desde cedo, ainda na infância, e, quanto mais cedo acontecer esse estímulo, maior serão os benefícios para o desenvolvimento da criança.  

A psicóloga Cândida Oswald sintetiza bem o significado do pensamento matemático: tudo aquilo que você precisa pensar para resolver um problema. Esse raciocínio envolve uma formulação de estratégia prática, que ajuda a desenvolver a inteligência do indivíduo, fazendo com que ele tenha mais facilidade e flexibilidade na resolução de dilemas do dia a dia. Para estimular o pensamento matemático desde cedo, é preciso que pais e professores mudem seu olhar no cotidiano das crianças.  

“É importante permitir que os pequenos tenham mais autonomia em suas ações. Por isso, temos que promover uma mudança de atitude em nós mesmos, parando de fazer tudo pelos nossos filhos e valorizando o potencial deles em resolver seus próprios problemas. Por exemplo, a criança está tentando mover um móvel pesado de lugar, puxando-o. Fica lá durante alguns minutos, sem sucesso, até perceber que, se empurrar, conseguirá tirá-lo do lugar com mais facilidade. Da próxima vez que ela se deparar com algum outro dilema, irá usar o raciocínio lógico para resolvê-lo da melhor forma possível. E isso só vai acontecer se interferirmos menos e permitirmos que ela desenvolva esse raciocínio, ao invés de fazer todo o trabalho por conta própria ou entregar a solução de mão beijada”, explica Cândida, que também é sócia da creche Area Bambini. 

Para estimular cada vez mais o pensamento matemático, as professoras da escola estão passando por capacitação por turmas. O objetivo é treinar o olhar e a escuta, para extrair da criança o estímulo necessário para ela se desenvolver. Além de aproveitar as situações problemas que são vivenciadas no dia a dia, outras atividades que promovem o raciocínio passam a fazer parte da rotina das crianças. Os bebês ganham mais liberdade. Um exemplo é que, ao invés de entregar o objeto em mãos, as professoras criam desafios para que o pequeno consiga se esticar e pegá-lo por conta própria.

Já os maiores passam por atividades lúdicas, usando tampinhas, palitos, blocos lógicos e jogos diversos. “A regra é que os adultos não façam pela criança aquilo que ela pode fazer por conta própria. Os pequenos só conseguem demonstrar esse raciocínio, quando deixamos de fazer por eles e permitimos que pensem em alternativas”, acrescenta Cândida.

O pensamento matemático pode ser desmembrado em seriação, que está relacionado à sequência; classificação, que tem a ver com a capacidade de arrumar de acordo com algum critério; enumeração; quantificação, que é a capacidade de quantificar e saber onde tem mais ou menos; além de noções espaço-temporais, quando a criança tem a percepção de como é a sala em que ele estuda ou quantos dias faltam para determinado acontecimento, por exemplo.  

A professora Luana Rabello está participando da capacitação. Ela conta que todas as atividades realizadas pelos alunos são registradas, para saber exatamente o que elas agregaram aos pequenos. “Percebemos que, com esse estímulo, as crianças possuem um raciocínio rápido e conseguem resolver problemas mais facilmente. O mais bacana é que isso não é forçado, muito pelo contrário, são atitudes simples, que elas adquiriram com o incentivo ao pensamento matemático”.

psicóloga Cândida Oswald
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