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Número de Doadores de Medula Óssea Cresce, Mas Ainda Não é o Suficiente
Compatibilidade entre irmãos é de 25%, e entre não familiares, de 1 para 100.000.

A leucemia é uma doença maligna que afeta os glóbulos brancos (leucócitos), presentes nos gânglios linfáticos e na corrente sanguínea. Os leucócitos são fabricados dentro da medula óssea a partir de uma célula-tronco e são responsáveis por grande parte do sistema imunológico. 

Quando surge a leucemia, há a perda da função de defesa do organismo, os glóbulos brancos doentes produzidos descontroladamente reduzem o espaço na medula óssea para a fabricação das outras células que compõem o sangue e elas caem na corrente sanguínea antes de estarem preparadas para exercer suas funções. A origem da doença geralmente é desconhecida. O INCA - Instituto Nacional do Câncer estimou para o ano de 2015 o surgimento de 11.370 casos, sendo 5.050 homens e 4.320 em mulheres.

De acordo com a hematologista do CTO - Centro de Terapia Oncológica em Petrópolis, Dra. Carla Maria Duarte, as leucemias podem gerar sintomas não específicos como cansaço, dores nas articulações, nos ossos e febre. Segundo ela, podem ocorrer também sangramentos espontâneos, por exemplo, na gengiva ou no nariz. Ela afirma que não existe uma forma de prevenir a doença, porque consiste em um problema que pode ser genético, sem relação familiar ou hábitos de vida. 

A especialista ressalta que o “único fator de risco para o desenvolvimento da doença é exposição à irradiação e algumas substâncias químicas com manipulação sem proteção, como solventes”.

O hemograma completo simples é a maneira mais fácil de detectar a leucemia. Para confirmação e definição do subtipo é necessário realização de mielograma e biópsia de medula óssea. O tratamento inicial da leucemia aguda é quimioterapia. De acordo com Dra. Carla Maria Duarte para alguns tipos de leucemias agudas, a cura é possível apenas com o transplante de medula óssea, que é realizada após a quimioterapia.

A hematologista ressalta que o transplante não é uma cirurgia “o paciente não é submetido a nenhuma intervenção cirúrgica, consiste em uma infusão através de um acesso por veia, com um cateter, da medula óssea do doador, que pode ou não ser da família do paciente. É igual a um procedimento de transfusão de sangue”, explica a Duarte.

A infusão da medula óssea do doador somente pode ocorrer após o paciente ser submetido ao tratamento com quimioterapia e/ou radioterapia para que ocorra ablação da medula óssea, ou seja, a morte da medula óssea do paciente que esta doente. O procedimento de transplante de medula óssea alogênico, de um doador para um paciente (alogênico), pode ser utilizado ainda, para outras doenças hematológicas como alguns tipos de leucemias crônicas, aplasia de medula óssea e síndromes mielodisplásicas.

A hematologista do CTO alerta também para as leucemias agudas. Dra. Carla explica que são doenças graves com grande chance de morte quando o tratamento não é iniciado com rapidez e de forma adequada. “Todos os tratamentos quimioterápicos das leucemias agudas são intensos e com vários efeitos colaterais, porém, houve avanço na medicina, permitindo que os efeitos colaterais sejam minimizados, como uso de antibióticos e antifúngicos profiláticos e medicamentos que agilizam a melhora medular”, conta.

No país, o número de doadores cadastrados ainda não é suficiente, apesar de ter havido um grande aumento de registros nos últimos anos. Para a realização do transplante de medula óssea alogênico é necessário que haja compatibilidade HLA. No entanto, a chance de compatibilidade entre irmãos de mesmo pai e mãe é de somente 25% e entre não familiares, a chance de compatibilidade cai drasticamente, de 1 para 100.000.

Atualmente, o sistema de saúde brasileiro, não comporta o número de pacientes que necessitam de transplante de medula óssea. Segundo Dra. Carla Duarte é necessário que haja aumento no número de leitos para a realização de transplantes das unidades cadastradas para que o procedimento seja feito com agilidade.

“Todo paciente que necessita de um transplante de medula óssea alogênico e não possui um doador em sua família, deverá ser cadastrado em um sistema de captação de doadores, Redome - Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea. O cadastrado é realizado pelo médico assistente do paciente após o mesmo ter realizado um cadastrado no site”, explica a especialista.

Para se cadastrar no Redome é preciso ter entre 18 e 55 anos de idade gozar de boa saúde. Os possíveis doadores devem procurar um hemocentro mais próximo, onde será coletada uma amostra de sangue, de 5 a 10 ml, para a tipagem de HLA (características genéticas importantes para a seleção de um doador). Os dados do doador são inseridos no cadastro e, sempre que surgir um novo paciente, a compatibilidade será verificada. Caso seja confirmada a compatibilidade, o doador 
será consultado para decidir quanto à doação. O transplante de medula óssea é um procedimento seguro, realizado em ambiente cirúrgico, feito sob anestesia geral, e requer internação de, no mínimo, 24 horas.

No Rio de Janeiro, além do Hemorio, que funciona todos os dias, inclusive fins de semana e feriados, das 7h às 18h, o INCA também faz a coleta de sangue. Lá, o cadastramento de doadores voluntários acontece de segunda a sexta-feira, de 8h às 12h. Não é necessário agendamento.

Mais informações podem ser obtidas na sede do CTO – Centro de Terapia Oncológica localizada à Rua Dr. Sá Earp, 309 - Centro – Petrópolis/ RJ, através do telefone (24) 2244-2005 ou no site ctopetropolis.com.br, ou ainda no CTO – Centro de Terapia Oncológica – Três Rios, à Rua Manuel Duarte, 318 - Centro – Três/ RJ, telefone (24) 2252-3816 e site ctotresrios.com.br.

SERVIÇO
CTO – Centro de Terapia Oncológica
Rua Dr. Sá Earp, 309 - Centro – Petrópolis/ RJ
(24) 2244-2005
ctopetropolis.com.br

CTO – Centro de Terapia Oncológica – Três Rios
Rua Manuel Duarte, 318 - Centro – Três/ RJ
(24) 2252-3816
ctotresrios.com.br

Responsável Técnico Médico CTO Petrópolis
Dr. Mauro Sérgio Vieira de Melo 
CRM: 52-19473-1

Texto: Carlos Dorador
Assessoria de Imprensa: Carla Coelho
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