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Depressão

Por vir associada a outras doenças, nem sempre a depressão é corretamente diagnosticada nos idosos, mas é preciso tratá-la para melhorar a qualidade de vida

Aproximadamente 10 milhões de brasileiros sofrem de depressão. Embora a doença possa afetar as pessoas em qualquer fase da vida, alguns estudos indicam que os sintomas são altamente prevalecentes nas fases tardias da vida, no Brasil e no mundo. Um artigo publicado em abril de 2002 na Revista Brasileira de Psiquiatria concluiu que cerca de 10% da população mundial de idosos apresentam quadros depressivos que necessitam de atenção médica.

O estudo, elaborado pelo médico John Snowdon, do Departamento de Psicologia Médica da Universidade de Sidney e do Rozelle Hospital, na Austrália, teve parte de seus trabalhos feitos no Rio de Janeiro. Na capital brasileira com o maior número de pessoas com mais de 60 anos (10,71% da população - IBGE/PNAD 2000), a incidência de idosos com depressão é ainda maior, de 15,8%.
Nos idosos a depressão está associada a algum problema físico.
Nos idosos, é comum que a depressão esteja associada a algum problema físico, doença ou incapacitação, o que torna difícil o seu diagnóstico. Isso faz com que alguns médicos afirmem que a depressão é menos comum na terceira idade. Na opinião de Snowdon, o que acontece na verdade é que os dados relativos à depressão não consideram a ocorrência da doença em conjunto com outros problemas, ou nivelam todos os níveis de depressão pelos índices obtidos em relação à depressão maior, embora existam diversos níveis da doença.

"É a situação que mais causa comprometimento da qualidade de vida na velhice", afirma o geriatra Renato Maia Guimarães, membro da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG). Ele explica que as formas graves de depressão diminuem com o envelhecimento, mas que as depressões mais leves aumentam muito na população idosa. "Cerca de 30% das pessoas idosas que procuram um médico apresentam formas brandas de depressão, mas que podem prejudicar a qualidade de vida destes pacientes ", afirma.

Guimarães alerta que tanto familiares quanto médicos devem estar atentos à depressão nos idosos, cujos sintomas principais são falta de disposição e tristeza. Como nos adultos, a doença também pode ocasionar a diminuição do apetite, diminuição do peso, dificuldades com concentração e memória, perda da auto-estima e pensamentos recorrentes de doença e morte.

No Brasil são 10 milhões de depressivos
O médico enfatiza que, sendo leve ou grave, nunca se deve deixar de procurar um tratamento ou melhoria do quadro de depressão e que "é errado atribuir depressão, sentimento de tristeza e perda de entusiasmo à idade. É preciso reconhecer que a depressão está presente nos velhos e tratar". Guimarães explica que na maioria das vezes o tratamento requer o uso de antidepressivos, mas que em alguns casos o uso de remédio é desnecessário.

O Ministério da Saúde prevê assistência psiquiátrica hospitalar gratuita. No ano passado, 41,5 mil pessoas foram internadas devido a transtornos de humor, quadro em que se insere a depressão, e desse total 3.895 eram pessoas acima de 60 anos.

Mas a política governamental não é dirigida para o aumento das internações. A idéia é reduzir cada vez mais os leitos psiquiátricos e ampliar a rede extra-hospitalar, como os Centros de Atenção Psicossocial (Caps) e o Programa Saúde da Família (PSF) que, acredita-se, são capazes de oferecer um atendimento mais humanizado, além de não afastarem as pessoas do convívio social.

Texto: Irene Lobo Fotos: Divulgação
fonte:
http://portal.saude.gov.br/saude/area.cfm?id_area=153

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