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Associação de produtores orgânicos de Teresópolis se torna exemplo de Organização Comunitária
Feiras agroecológicas do município serrano são referência do agroturismo sustentável

07/10/2013 - 11:04 - Em Teresópolis, na região Serrana, uma atividade que reúne, simultaneamente, cultura, artesanato e agricultura sustentáveis vem chamando a atenção de moradores e turistas. Com dez anos de existência, as feiras e eventos organizados pela Associação Agroecológica de Teresópolis (AAT) tornaram-se referência na aproximação entre agricultores, técnicos e  consumidores.

Funcionando há três anos num espaço cedido pela Prefeitura, as feiras acontecem em dois dias da semana: todas as quartas e sábados, na Rua Tenente Luiz Meirelles (próximo à Rodoviária), sempre das 8h ao meio dia. Outra opção é no Sesc (Avenida Delfim Moreira, 749), às quartas-feiras, das 9h às 13h. Em ambos os locais, o público encontra legumes, frutas, verduras, compotas, grãos, ovos, mel, pães, café, geleias, doces, bebidas, além de mudas, sementes, plantas medicinais e muitos outros produtos  naturais. Tudo é produzido por 40 famílias de agricultores orgânicos certificados e em transição agroecológica, oriundos de várias localidades de Teresópolis e do município vizinho de Guapimirim. “As feiras oferecem alimentos de qualidade, diretos do produtor familiar. Os consumidores têm a oportunidade de saber um pouco mais da origem dos produtos comercializados e quem está envolvido no processo”, conta Ana Maria González Litardo, presidente da AAT.

Mariana Mussolini, da localidade Prata dos Aredes, em Teresópolis, é uma dos feirantes e comercializa alimentos processados como sucos, doces, salgados, bolos, açúcar, entre outros. Ela conta que desde cedo foi incentivada pelos pais a apostar nos orgânicos. “Estou muito satisfeita. Atualmente, tenho clientes que vem de fora para comprar conosco”, conta. Já Oreni da Silva Benevides, de Parada Modelo, em Guapimirim, acumula mais de 25 anos de experiência na produção de orgânicos. Ela e a família dividem sua rotina semanal entre as feiras da AAT e da Ilha do Fundão, na zona norte da capital fluminense. Além de doces, Oreni produz cacau, cana, quiabo, banana, feijão, abacate café e muito mais.

Especialista em Análises Clínicas, Fany Garcia e Silva é frequentadora assídua das feiras, sempre em busca uma alimentação saudável e mais qualidade de vida. “Só consumo produtos orgânicos e não pretendo mudar esse comportamento. Tanto é que, recentemente, comprei um sítio em Teresópolis e pretendo começar a plantar ainda esse ano”, planeja.

Paralelamente, a AAT trabalha intensamente pelo fortalecimento da agroecologia, realizando sempre reuniões técnicas, mutirões e eventos culturais como, por exemplo, música de raiz, oficina de alimentação viva e os encontros mensais do Sistema Participativo de Garantia (SPG), método de certificação onde os agricultores são igualmente responsáveis pela autenticidade dos produtos orgânicos.

Todo último sábado do mês acontecem as oficinas gratuitas de culinária viva. Para participar, basta o interessado chegar ao local até as 10h, adquirir algum produto e compartilhar na preparação culinária e na degustação. A troca de mudas e sementes acontece no segundo sábado. Para incentivar a diversificação, um banco comunitário de sementes organiza a produção, o armazenamento e a distribuição. Quem leva a semente fica com o compromisso de plantar e trazer a mesma quantidade ou mais para fortalecer o banco.

Incentivo à produção e à venda direta.

As opções para aquisição dos orgânicos não se restringem a Teresópolis. Na Capital, existe um circuito de feiras onde o consumidor também pode adquirir diretamente do produtor. Em dias alternados, durante a semana, é possível encontrar esses alimentos, por exemplo, nos bairros de Laranjeiras, Flamengo, Botafogo, e em outros das zonas sul e norte carioca.

Em Nova Friburgo, na Serra, a feira acontece todos os sábados pela manhã, na praça do Suspiro, no Centro. Tanto em Teresópolis, quanto em Nova Friburgo, os produtores fazem a venda de cestas de alimentos livres de agrotóxicos e com entregas à domicílio.

A secretaria estadual de Agricultura e Pecuária apoia os produtores inseridos nessa cadeia produtiva e, ainda, estimula a adoção de práticas sustentáveis através dos programas Cultivar Orgânico, Prosperar, Frutificar, Rio Rural e Estradas da Produção. Já as empresas vinculadas Emater-Rio e Pesagro-Rio prestam assistência técnica e apoio à comercialização.

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