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Após encontro, Deputados apontam Legado da Visita do PAPA
27/07/ 2013 - 15:27 - O respeito e a humildade defendidos e reiterados pelo Papa Francisco durante encontro com a sociedade civil neste sábado (27/07), no Theatro Municipal, foram apontados pelos deputados como principais legados da visita do Pontífice ao estado – que se encerra neste domingo (28/07), com o fim da Jornada Mundial da Juventude (JMJ). “É um Papa que contagiou a todos, não apenas católicos, mas todos os cristãos”, analisou o presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), deputado Paulo Melo (PMDB). O parlamentar destacou o respeito que o líder da Igreja Católica conquistou entre protestantes. “Hoje ouvi e li entrevistas de evangélicos encantados com a forma cordial, humilde e amorosa com que o Papa trata a todos, sem distinção”, contou Mello, que classificou a deferência como um avanço social.

Ao final do evento, o deputado Robson Leite (PT) resumiu o que ele identificou como a principal mensagem do Pontífice: “Ele trouxe, para sociedade como um todo, a mensagem de que não há construção de bem comum sem sabedoria e generosidade”, avaliou. Já sua colega de partido, deputada Inês Pandeló, destacou emoção de ouvir o Papa no Theatro Municipal. “O clima proporcionado pelo local, pela orquestra, e pelas sábias palavras do Papa dá energia para continuar a caminhada acreditando que a transformação da realidade é possível”, afirmou, acentuando o tom emocional do encontro, em que a sociedade civil foi representada por um ex-usuário de drogas que, a partir do trabalho junto à Igreja, conseguiu se livrar do uso e dos riscos que ele oferecia, e se formar em História pela PUC-Rio. O discurso de Walmyr Goncalves da Silva Junior,de 28 anos, foi o momento mais emocionante do evento.

“Junto comigo trago a vida de vários irmãos, que por muitos motivos não puderam ou não podem compartilhar a alegria que sentimos hoje”, disse o historiador nascido no Complexo da Maré.

Já para o deputado Marcio Pacheco (PSC), o combate ao uso de drogas foi o principal legado da visita. Para o vice-presidente da comissão de Prevenção ao Uso de Drogas da Alerj, a questão ganhou força após a participação do Papa Francisco na inauguração do pavilhão dedicado ao atendimento de dependentes de drogas no Hospital São Francisco de Assis, há três dias. “O Papa falou muito sobre o papel do Estado no atendimento desses casos e eu fico honrado em participar dessa luta”, disse.

Discurso do Papa é marcado pela defesa do diálogo e da tolerância

Em seu discurso, o Papa destacou a importância da valorização da cultura heterogênea brasileira, da responsabilidade social, ética, e fez uma ampla defesa do diálogo “Um país cresce quando dialogam de modo construtivo as suas diversas riquezas culturais”, defendeu, citando ainda o papel da tolerância religiosa e do estado laico neste crescimento.

Esta tolerância pôde ser observada no momento dos cumprimentos finais. Entre os cerca de 20 representantes da sociedade civil  escolhidos para ir até o pontífice estavam representantes de diferentes religiões, como o babalaô Ivanir dos Santos, da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa. Crítico contumaz dos crimes de intolerância e racismo, ele entregou ao Papa uma camiseta e o livro da caminhada em defesa da liberdade religiosa.  “Pela primeira vez o líder máximo da Igreja Católica recebe alguém de matriz africana, e isso tem um simbolismo muito grande na luta contra a intolerância religiosa”, reforçou.

Também participaram do evento os deputados Pedro Fernandes (PMDB), Roberto Henriques (PSD), Jânio Mendes (PDT), Dr. José Luiz Nanci (PPS), Myrian Rios (PSD), Bernardo Rossi (PMDB), Nelson Gonçalves (PMDB), Thiago Pampolha (PSD) e Pedro Augusto (PMDB).

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