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INEA estima em R$ 820 Milhões Recuperação Ambiental da Região Serrana

12/05/2011 - 17:20 - A presidente do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), Marilene Ramos, apresentou um projeto de recuperação ambiental para as cidades de Teresópolis, Petrópolis e Nova Friburgo, com o custo total de R$ 820 milhões, que ainda necessita de aprovação do Ministério da Integração Nacional. A apresentação aconteceu nesta quinta-feira (12/05) durante reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga os responsáveis pela tragédia das chuvas na Região Serrana, presidida pelo deputado Luiz Paulo (PSDB). Além do estudo de reconstrução, Marilene anunciou que o Governo do estado, em parceria com o Banco Mundial, pretende comprar dois radares capacitados para trabalhar exclusivamente no Plano de Prevenção a Enchentes.

“Verifico que o Inea fez essa estimativa superior a R$ 800 milhões sem o valor das desapropriações e das habitações novas. É necessário que se tenha uma programação dos investimentos ao longo de quatro anos, com o Plano Plurianual (PPA), porque não haverá recuperação desses valores da noite para o dia. Acho que as estimativas estão de acordo com o grau da tragédia”, comentou Luiz Paulo. De acordo com os estudos apresentados, os recursos do projeto de recuperação ambiental serão utilizados na intervenção das calhas dos rios, em parques fluviais, na reconstrução de pontes e travessias, em demolições, na limpeza manual e na macrodrenagem, dentre outras coisas.

Serão construídos também mais dois reservatórios em Nova Friburgo para impedir novas cheias. Além disso, a preocupação com o sistema de alerta é grande. “Nosso maior problema é a capacidade de prever as chuvas. São poucos radares e não são dedicados somente ao Rio. O estado necessita de um radar meteorológico. Ele poderá prever o horário, a intensidade e o local onde a chuva cairá”, explicou Marilene. Durante o encontro, o Inea apresentou os últimos números da tragédia: mais de 850 mortos e 21 mil desalojados, 180 pontes danificadas ou destruídas e 9 mil desabrigados.

Blumenau

Em uma segunda reunião, a CPI também ouviu o prefeito de Blumenau (SC), João Paulo Kleinübing, que apresentou o plano de recuperação da cidade. “O código de zoneamento mudou, o plano diretor mudou e as áreas mais sujeitas a deslizamento foram congeladas. Planejamos o crescimento da cidade em direção à região Norte, que está sujeita a riscos geológicos”, informou. O presidente da CPI acredita que o trabalho de Blumenau deveria ser seguido pelos municípios da serra fluminense. “O prefeito transformou essa catástrofe em um estudo de caso, onde planejamento e diálogo com a população presidiram todos os trabalhos”, comentou Luiz Paulo.

O trabalho de recuperação de Blumenau foi feito com base na integração e na preocupação com o meio ambiente. A cidade criou 76 abrigos para 1.200 famílias, além do Programa Auxilio Reação, onde 2.500 famílias passaram a receber recursos para quitar seus gastos mensais. “Criamos o Cadastro Único do Cidadão Atingido, com renda familiar, número de moradores de cada casa, local e área que deverão ser realocados, entre outros detalhes. Foi feito um decreto para impedir construções por um ano. Delimitamos 80 locais de risco, em um primeiro momento. Hoje, esse número caiu para 35”, contou.

Ele acrescentou que, para contemplar os desabrigados de Blumenau, vão ser construídos 2.200 apartamentos. Estiveram nos encontros os deputados Nilton Salomão (PT), Sabino (PSC), Janira Rocha (PSol) e Zaqueu Teixeira (PT).
(texto de Raoni Alves)

Pedro Motta Lima - Ascom da Alerj

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