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Mesmo com Cenário Atual mais adverso Empresários Fluminenses mantém-se esperançosos, mostra Estudo da Fecomércio/RJ
12/02/2021 - 11:17 - Levantamento da Fecomércio RJ com entrevistados do setor de comércio e serviços do estado do Rio de Janeiro (ERJ) mostra relativa evolução nas expectativas que os empresários fazem para os seus negócios nos próximos três meses. Cerca de 77,8% dos empreendedores esperam que melhore ou melhore muito, em janeiro esse percentual era de 75,9%.

Foi possível observar também uma leve redução na proporção de empresários que acham que vai piorar ou piorar muito, de 10,4% em dezembro, para 8,3%. Portanto, aqui houve uma melhora no otimismo para os próximos três meses em relação ao próprio negócio, segundo sinal positivo após duas quedas registradas no final de 2020. Para o IFec RJ, apesar da situação menos favorável nos últimos três meses a redução da inadimplência dos empresários fluminenses e a melhora das expectativas para os próximos três meses diluem a piora no cenário recente.

Por outro lado, o estudo mostra que houve variação negativa, por parte dos comerciantes, com relação aos últimos três meses. Para 20,4% dos entrevistados a situação de seu negócio melhorou ou melhorou muito, o percentual é inferior ao registrado em janeiro (24,9%). Além disso, o número de comerciantes que acreditam que seus negócios estão estabilizados aumentou de 24,5%, no mês anterior, para 26,6% em fevereiro. O número de empreendedores que afirmam que o quadro do seu negócio piorou subiu de 28,3% no mês de janeiro, para 31,7%, deferentemente dos que acreditam que piorou muito: de 22,3% para 21,3%.  No final das contas, houve variação negativa no indicador que mede a situação do negócio nos últimos 3 meses em fevereiro relativamente a janeiro (74,3 para 67,4). A piora se deveu à piora também verificada no indicador de demanda, que apresentou redução de 65,7 em janeiro para 62,8 em fevereiro. Os dois indicadores já refletem possivelmente o resultado da extinção do auxílio sobre a economia fluminense.  

Sobre a expectativa dos fluminenses pelas demandas nos próximos meses, a sondagem registrou aumento dos que acreditam que aumentará ou aumentará substancialmente: de 51,8% em janeiro, para 54,4% em fevereiro. Para outros 31,7% haverá estabilização, no mês anterior esse percentual era de 33,9%. Houve, ainda, redução entre os que acreditam diminuição acentuada de 5,6% em janeiro, para 3,7%. O percentual dos que creem que diminuirá apresentou aumento, indo de 8,6% em janeiro, para 10,3% nessa sondagem. Sinteticamente, os empresários estão mais otimistas em relação à demanda nos próximos 3 meses. O indicador que captura a informação subiu de 137,6 em janeiro para 140,4 em fevereiro.

CONTRATAÇÃO DE TRABALHADORES  

Perguntados sobre o quadro de funcionários, o levantamento mostrou uma pequena retração entre os que disseram que o número de trabalhadores em suas empresas aumentou nos últimos três meses: de 6% para 5,3%. Já para 46,1% o quadro foi estabilizado, seguido pelos que responderam que houve redução (24,3%) e muita diminuição (23,6%). Apenas 0,7% informaram que aumento muito. Em resumo, houve diminuição do indicador que mede a contratação nos últimos 3 meses: 59,6 em janeiro para 58 em fevereiro.   

Houve aumento também da expectativa de contratação entre janeiro/20 e fevereiro/20, puxada fundamentalmente pela estabilização da proporção de empresários que disse que o quadro de funcionários diminuiria ou diminuiria muito (22%) em fevereiro, frente aos 22,5% janeiro. O percentual dos empregadores que afirmou que aumentará ou aumentará muito subiu de 21,1% em janeiro, para 25% em fevereiro. O indicador subiu de 98,6 em janeiro para 103 em fevereiro.   

PREÇO DOS FORNECEDORES  

Nesse início de ano, é possível observar uma relativa estabilidade na percepção que os empresários fazem a respeito dos preços dos fornecedores. Caso o quadro se mantenha assim, é possível que nos próximos meses percebamos o início de uma redução nos preços ao consumidor. A trajetória do preço ao consumidor dependerá do grau de velocidade de recuperação do setor de serviços, que por sua vez dependerá do ritmo com que os governos vão vacinar a população. Se a vacinação tiver um bom ritmo no primeiro trimestre, a recuperação do setor de serviços muito provavelmente também ganhará força impactando a tendência dos preços da economia.   

INADIMPLÊNCIA  

A pesquisa também mostra que ocorreu um aumento de 1,5 ponto percentual de empresários que responderam que não estão inadimplentes: 44,3% frente a 42,8% em janeiro, contra 21,1% que afirmam que suas empresas estão inadimplentes, seguidos por 23,4% que informaram que seus negócios estão com poucas restrições. Os que se consideram muito inadimplentes correspondem a 11,2%, em janeiro eram 13,1%.    

Em relação ao tipo de inadimplência, os fornecedores (42,6%) lideram o ranking, seguidos pelo aluguel (36,8%), pelos bancos comerciais (30,4%), conta de luz (28,9%), entre outros.  

ESTOQUE  

Mais da metade dos empresários (54,2%) afirmam que o estoque de seus estabelecimentos ficou abaixo do planejado. Em janeiro esse percentual era de 49,1%. Para 38,3%, ficou igual e para 7,6% o abastecimento foi acima do planejado.

A sondagem ocorreu entre os dias 1º e 03 de fevereiro, contou com a participação de 436 empresários do estado do Rio de Janeiro e tem por objetivo acompanhar e avaliar o comportamento dos empresários do comércio de bens, serviços e turismo.  

Sobre a Fecomércio RJ

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio RJ) é formada por 59 sindicatos patronais fluminenses e representa os interesses de todo o comércio de bens, serviços e turismo do estado. O setor reúne mais de 314 mil estabelecimentos, que respondem por 2/3 da atividade econômica do estado e representam 68% dos estabelecimentos fluminenses, gerando mais de 1,6 milhão de empregos formais no total, que equivalem a 60% dos postos de trabalho com carteira assinada no estado do Rio de Janeiro. Além disso, a Fecomércio RJ administra, no estado do Rio, o Serviço Social do Comércio (Sesc) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comércio (Senac).
                                                                                                                                            
Nelson Rocha
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