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Programa do Diabetes é ampliado para todas as Unidades Básicas de Saúde
Profissionais de rede pública são capacitados para cuidar do pé diabético 

17/02/2019 - 07:59 - O diagnóstico de diabetes imediatamente remete a uma série de precauções, entre as quais a alimentação balanceada e a rotina com a medicação controlada. No entanto, alguns outros cuidados são de fundamental importância para a manutenção da saúde e bem estar dos diabéticos. E é pensando nisso, que a Secretaria de Saúde está estendendo o Programa do Diabetes, desenvolvido no Centro de Saúde desde 2008, para todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) do município. 

Os profissionais da rede pública estão sendo treinados a disseminar as práticas desenvolvidas para as demais unidades. E é para os pés dos diabéticos que os trabalhos são voltados, na tentativa de conscientizar os pacientes sobre a importância da adoção de cuidados preventivos. A proposta é evitar complicações causadas pela doença, entre elas, a neuropatia periférica, que afeta os nervos das extremidades do corpo. A partir da expansão do Programa do Diabetes para oito UBSs no município a expectativa é expandir a iniciativa para que haja a adesão de mais pessoas diagnosticadas com a doença. Atualmente 7.577 pacientes cadastrados na rede, são acompanhados pelo programa. 

“Esse é um programa de excelência que em muito contribui para a qualidade de vida dos pacientes acompanhados pela rede. Temos profissionais com capacitação especializada para o cuidado dos diabéticos”, destaca o prefeito Bernardo Rossi. O Programa do Diabetes funciona no Centro de Saúde e conta com equipe formada por médico clínico geral, nutricionista, psicólogo, enfermeiros, entre eles um específico para o cuidado do pé, assistente social e fisioterapeuta. 

A capacitação para a expansão dos trabalhos já teve início com palestras teóricas. O próximo passo será o treinamento prático. O primeiro está previsto para ser realizado na unidade de saúde do Morin, onde os profissionais da rede pública vão exercitar os ensinamentos durante os atendimentos de rotina. “A proposta é que todos os nossos profissionais sejam qualificados e disseminem as informações sobre a importância dos cuidados preventivos. Muitos pacientes desconhecem os cuidados necessários com os pés e muitas vezes, quadros graves de saúde podem ser evitados”, destaca a secretária de Saúde Fabíola Heck. 

A neuroparia periférica é uma das várias intercorrências provocadas pelo diabetes. Os sintomas dormência, formigamento e pontadas nas mãos e nos pés, nem sempre chamam a atenção dos pacientes, que acabam não dando a devida atenção e não buscam o tratamento. E é a negligência dos pacientes que os levam a quadros muitas vezes irreversíveis, como a amputação dos membros. É o que observa a coordenadora do programa, a enfermeira Cátia Regina Silva Pinto. “Vemos pacientes que desconhecem a doença e só buscam o tratamento quando já apresentam complicações. Há casos de pessoas que amputam os membros por falta de tratamento. O programa pretende intensificar a ação preventiva para que os pacientes não cheguem a situações extremas”, ressalta Cátia. 

Cuidados simples no dia a dia evitam agravamento dos quadros clínicos 

Uma das portas de entrada dos pacientes ao programa é uma palestra, onde eles recebem todas as informações dos cuidados que precisam ter para a manutenção da qualidade de vida. Nesse momento, os profissionais identificam a necessidade de encaminhamento dos pacientes para os profissionais de diferentes especialidades atuantes no programa. 

Durante as consultas, realizadas a cada seis meses, os pacientes são acompanhados e recebem orientações de como cuidar dos pés. Entre as medidas básicas, estão uso de meias e calçados adequados, evitar a extração de cutículas, acompanhamento de um profissional de podologia para a manutenção da limpeza e cuidado das unhas. “Chega um momento que o paciente com diabetes pode perder a sensibilidade dos pés e com isso, alguns cuidados são importantes para evitar lesões”, explica Cátia. 

A enfermeira ressalta que é muito comum, por falta da sensibilidade, o paciente não sentir que se machucou e a ferida se agravar: “Temos comumente casos de pessoas que se machucam com calçados inadequados e não sentem”. Durante as consultas, os profissionais fazem um verdadeiro mapa do pé do diabético, avaliando perfil e áreas com menor ou falta de sensibilidade. 

De acordo com o índice mais recente da Federação Internacional de Diabetes, o Brasil possui 12,5 milhões de pessoas com diagnóstico de diabetes, ocupando o quarto lugar entre os países com maior número de pessoas com o diagnóstico da doença. Na população acima de 65 anos o diabetes tem uma prevalência de 19%, o que coloca o país entre os cinco primeiros em número de indivíduos, acima dessa faixa etária, com diabetes. 

É com base nesses índices e levando em consideração que o pacientes com diabetes desconhecem os agravamentos da doença que os profissionais são treinados. A partir de um controle cuidadoso sobre sintomas apresentados pelos pacientes, que a rede de saúde do município pretende expandir o programa e dar suporte adequado. “Queremos evitar que os pacientes nos busquem somente quando já apresentam lesões nos pés. A intenção é o cuidado preventivo”, destaca a enfermeira do programa, especializada no cuidado do pé do diabético, Rita Cândido da Silva. 

Unidades onde o programa vai ser aplicado 

UBS Alto Independência - Rua José Lino s/nº 
UBS Morin - Rua Pedro Ivo, n.º 81 
UBS Mosela - Rua Mosela, 744, com horário de funcionamento das 8h às 16h. 
UBS Itaipava - Estrada Philúvio Cerqueira Rodrigues 
UBS Pedro do Rio - Estr. União Indústria 
Centro de Saúde do Centro - Rua Santos Dumont, 100 
UBS Retiro - Av. Barão do rio Branco. (próx. ao sacolão) 
UBS Araras - Estrada Bernardo Coutinho, 9435 
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