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Dia Mundial da Psoríase aponta para luta contra Preconceito e Dificuldade de Tratamento
29 de Outubro é o Dia Mundial da Psoríase e Dia Nacional de Conscientização sobre a Psoríase. A doença apesar da aparência, não é contagiosa, é inflamatória, crônica e imune mediada, ou seja, não é autoimune.

03/11/2017 - 16:38 - De acordo com a dermatologista Ana Paula Bonvini, os sintomas variam conforme o tipo, mas podem incluir manchas vermelhas com escamas secas esbranquiçadas ou prateadas. "Nos casos mais leves pode haver apenas um desconforto, mas nos casos mais graves, a psoríase pode ser dolorosa, apresentando também pele ressecada e rachada, às vezes, com sangramento, coceira, queimação, unhas grossas ou com caroços, inchaço e rigidez nas articulações", esclarece.

As alterações do problema impactam na qualidade de vida e autoestima do paciente, por isso, o acompanhamento psicológico é indicado. Apesar do estresse físico e emocional ser um importante gatilho, a psoríase apresenta diversos fatores para o seu surgimento, como fatores genéticos, imunológicos e ambientais. Ocorre principalmente no cotovelo, joelho, couro cabeludo e tronco.

"As formas de tratamento também vão depender do tipo que pode ser em placas, em gotas, invertida ou as formas mais graves como pustulosa ou eritrodérmica. Pode ser também artropática, acometendo além da pele as grandes articulações", acrescenta a dermatologista.

O tratamento para os casos leves requer hidratação da pele e medicamentos tópicos nas lesões, além de exposição solar. Nas moderadas ou quando as medidas anteriores não melhoram os sintomas, acrescenta-se tratamento com luz ultravioleta, já nos casos mais graves é necessário iniciar tratamento por via oral ou injetável.

Há três anos, graças a medicamentos biológicos em forma de ampolas, oferecidos pelo serviço público, Isabella Félix de Oliveira, 21 anos, está com a doença sob controle. "Geralmente, conseguimos apenas uma por vez, assim que recebemos uma, já solicitamos a seguinte que precisa ser tomada de 3 em 3 meses", relata.

A servidora pública Ana Catarina Souza compartilha do mesmo problema há 18 anos e por conta do preço - no caso dela, 3 doses podem chegar a 14 mil reais – também depende do SUS e de ação judicial para utilizar o medicamento. “Coça, sangra, às vezes, a gente fica com vergonha de se expor, de colocar uma camiseta, colocar um short, mas conseguindo o remédio posso controlar a doença”, explica.

“O médico geralmente solicita exames específicos para afastar a possibilidade de tuberculose ou outros problemas de saúde que podem ser agravados pelo uso da medicação. Após o resultado, o profissional preenche uma requisição para medicamentos especiais que será levada ao plano de saúde ou ministério público”, salienta a dermatologista.

Infelizmente, nem todos os tipos de psoríase estão enquadrados na oferta pública do SUS. A Sociedade Brasileira de Dermatologia defende que o Ministério da Saúde implante a Resolução da Organização Mundial da Saúde (OMS) de 2014, que reconhece a psoríase como uma doença crônica grave, incapacitante, não transmissível, dolorosa, desfigurante e para a qual ainda não existe cura. A implementação da Resolução implica a necessidade da oferta de tratamentos públicos adequados, o que inclui os medicamentos biológicos para os casos de moderados a graves (de 10 a 20% dos pacientes).
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