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Coral Pro Tempore retoma Atividades e Valoriza Ações para a Terceira Idade
Projeto da Fundação de Cultura e Turismo é aberto ao público
 
12/04/2017 - 13:58 - A tradição do canto coral em Petrópolis é conhecida pelos mais de 100 grupos existentes, em sua maioria formada por crianças e adolescentes. Mas o encanto dessa manifestação artística também se rende aos adultos e vai ainda além, a terceira idade. E é com esse público da melhor idade que se formou o coral Pro Tempore, um projeto da Fundação de Cultura e Turismo criado em dezembro de 2000 que acaba de retomar as atividades após quatro meses. Na nova fase, o grupo composto por 32 integrantes vai mostrar que esses vovôs e vovós ainda têm muito a viver e desfrutar da vida.
 
“Esse é um trabalho incrível, que oferece uma atividade para o público da melhor idade, que não encontra muitas opções de lazer para eles, mas vou além. Não apenas viabilizamos uma atividade, mas um novo foco para a vida dessas pessoas, que muitas vezes acabam se rendendo à idade achando que não tem mais o que viver. E esse trabalho mostra isso, que agora é a hora deles desfrutarem o que a vida tem de melhor e encontrar motivos, além de descobrir também novos talentos, que renovam a vida”, observou o presidente da Fundação de Cultura e Turismo, Leonardo Randolfo.
 
Sob regência do maestro Paulo Afonso desde sua fundação, o coro nasceu com o objetivo de inserir em uma das atividades mais divulgadas da Cidade Imperial – o canto coral – o público da melhor idade. Mas o projeto foi além, resgatando a auto-estima dos integrantes e dando uma nova visão de vida. Duas vezes da semana, por duas horas, eles se dedicam apenas a aprender o canto coral. Os ensaios acontecem as segundas e quartas na Sala Guiomar Novaes, no Centro de Cultura Raul de Leoni, e contam com apoio da solista Cristina Carlos, que auxilia na técnica vocal e corporal.
 
“O objetivo desse projeto é mexer com a auto-estima e vaidade desse público, criando novas possibilidades agradáveis para que a qualidade de vida deles seja ainda maior. Eles têm uma vida social mais livre, já que não tem as obrigações profissionais e por isso tem como se dedicar mais ao coro, que acaba sendo um compromisso agradável escolhido por eles”, comentou o maestro.
 
Focado na terceira idade, é exatamente esse público a principal plateia do coro, que realiza em média 20 concertos anuais. No repertório entram canções de Tom Jobim, Vinícius de Morais, Luiz Gonzaga, Dalva de Oliveira, entre tantos outros compositores, além das canções temáticas natalinas, germânicas, italianas e muito mais.
 
“O coro se apresenta em qualquer evento, para todo tipo de público. Mas como trabalhamos um repertório da geração dos integrantes, até para resgatar esses estilos e valorizar esse período, atraímos público dessa geração que tem no coral a oportunidade de relembrar canções da sua época, mas com roupagem de coral e mais atual, adaptada à realidade vocal deles”, explicou o maestro. 
 
Um novo olhar para a vida
 
“Quem canta seus males espanta”. O velho ditado traduz a transformação na vida dessas pessoas ao ingressarem no coro. Foi o caso de Hulda Pacific Bailune. Aos 85 anos de idade, a soprano revela que mais que um coro, o grupo é uma reunião de amigos que deu uma nova graça a sua vida.
 
“Isso aqui é muito bom. É uma gratificação que Deus deu para a gente, dando saúde, voz para cantar e tantos amigos aqui. E um maestro que vale ouro. Foi o lugar que encontrei para me animar quando perdi meu marido”, disse a aposentada, integrante do coro há 11 anos.
 
Concorda com ela o cantor Fernando Garcia, de 68 anos. “Aqui é sempre um lugar de convivência, onde nos reunimos com amigos, socializando”, afirma o coralista, que desde a adolescência se dedica à música de maneira amadora, tocando instrumentos como banjo e violão.
 
E mais que um novo estilo de vida, o coro também é responsável por melhorias na saúde desses integrantes. Foi o caso de Geralda Nascimento, de 77 anos, já conhecida na cena musical por suas apresentações em serenatas.
 
“Antes tinha mal estar e pressão alta. Agora está tudo sob controle por causa desse trabalho. Aqui é a Sala dos Milagres. É um lugar de receptividade e integração que faz muito bem para todos nós”, afirma a cantora.
 
O coral Pro Tempore é uma iniciativa da Fundação de Cultura e Turismo, aberta ao público a partir de 55 anos. A inscrição para participar do teste para ingressar no grupo é gratuita e deve ser feita direto com o maestro Paulo Afonso às segundas e quartas, de 14 às 16h.   
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