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Nesta terça (09) veterinários comemoram 81 anos de regulamentação da profissão
Estudantes lamentam a ausência do curso em Petrópolis

08/09/2014 - 16:07 - Poder se dedicar a algo que é a sua maior paixão desde pequeno. Assim começa a escolha da carreira de boa parte dos profissionais de medicina veterinária, que celebram 81 anos de regulamentação da profissão, no dia 09 de setembro. “Perdi a conta da quantidade de animais que já tive ao longo da vida, sendo que há pouco tempo estava uma ovelha com gravidez de risco ‘hospedada’ em minha casa ”, conta a veterinária Priscila Mesiano, socioproprietária da Clínica Amigo Bicho.

Formada há nove anos, Priscila, assim como muitos veterinários, tem inúmeras histórias curiosas e singelas sobre animais que já encontrou pelo caminho e levou
para casa para serem cuidados, mas acredita que desenvolver sensibilidade para lidar com os tutores dos animais, talvez seja o maior desafio para quem quer trabalhar na área: “Apenas gostar de bicho não é suficiente, é preciso ter tato para dar uma notícia desagradável ou saber ouvir solidariamente o proprietário, quando ele está ansioso ou preocupado com o estado de saúde do animal”, orienta.

A ausência de instituição de ensino voltada para formação na área é uma reivindicação de muitos estudantes da cidade, como Nathália Ludolff, proprietária da Pet Amado Petrópolis. “Há muita demanda na cidade, a gente vê as pessoas se deslocando pro Rio, Vassouras, Teresópolis, alugando apartamento e vans porque infelizmente não há o curso aqui”, lamenta a empresária que estuda Medicina Veterinária na Universidade Castelo Branco.

Na opinião de Nathália, as principais preocupações do setor são os animais domésticos muitas vezes ficarem suscetíveis a maus profissionais que acabam  colocando a vida dos bichinhos em risco, além da falta de sensibilização dos proprietários quanto à posse responsável, o que faz com que muitos não levem o pet periodicamente ao veterinário, só o fazendo quando o cachorro ou gato ficam extremamente debilitado: “Medicar em casa ou deixar o animal apresentar sintomas  extremos como parar de comer, beber ou andar para levar a um veterinário é uma coisa muito comum e bastante arriscada, pois o paciente, muitas vezes, chega a clínica já sem condições de tratamento ou cura”, explica.

História da profissão - A Medicina Veterinária moderna começou a desenvolver-se com a primeira escola do mundo, em Lyon, criada pelo francês Claude Bougelart, em 1761. No Brasil, foi no dia nove de setembro de 1933, que o então presidente Getúlio Vargas criou a normatização para atuação do médico veterinário. De lá para cá, o número de profissionais não para de crescer.

De acordo com o Conselho Federal de Medicina Veterinária, há 304 instituições de ensino superior com o curso disponível no país, sendo que segundo o e-MEC, sistema de pesquisa on line do portal do Ministério da Educação, apenas 13 universidades são regulamentadas para o ensino no Estado do Rio de Janeiro. Com o decorrer dos anos, a atuação dos profissionais foi se ampliando para as mais diversas áreas, como atendimento clínico, cirúrgico e reprodutivo de pequenos e grandes animais, além de haver possibilidade de trabalho no setor da educação, controle de saúde ou fiscalização de empresas que vendem ou reproduzem animais.

As novas exigências do mercado de trabalho abriram outros campos, como as indústrias de produção de alimentos, rações, vitaminas, vacinas, medicamentos e o
melhoramento genético dos animais. Ainda são atividades do médico veterinário o manejo e conservação de espécies, a reprodução e conservação de animais silvestres em cativeiro, para implantar projetos em reservas naturais. 
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