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Domingo é o Dia Nacional de Combate e Prevenção da Hanseníase
23/01/2014 - 19:00 - Neste domingo (26/1) é o Dia Nacional de Combate e Prevenção da Hanseníase, data instituída pela lei nº 12.135 de 2009. Desde então, o último domingo do mês de janeiro é dedicado a ações de orientação sobre a doença. Em Petrópolis, a incidência é baixa, sendo notificados em média oito casos por ano, de acordo com o Programa Municipal de Hanseníase, criado há mais de uma década.

“Como registramos poucos casos por ano, dedicamos o mês de janeiro para realização de ações dentro dos postos de saúde”, explicou o coordenador do programa, o dermatologista Atílio Valentini. A hanseníase tem cura se for diagnosticada precocemente e o tratamento – que tem duração média de seis meses - é disponibilizado gratuitamente em toda a rede de atenção básica. “Quando a doença é detectada toda a família deve ser avaliada e acompanhada”, complementou.

Em Petrópolis, os pacientes contam com atendimento clínico realizado nos postos de saúde e também com a entrega de medicamentos. “A orientação do Ministério da Saúde é estimular os municípios a descentralizar os atendimentos para facilitar o acesso da população”, disse Atílio. A hanseníase, conhecida oficialmente por este nome desde 1976, é uma das doenças mais antigas da história da medicina. É causada pelo bacilo de Hansen, o Mycobacterium leprae, um parasita que ataca a pele e nervos periféricos, mas pode afetar outros órgãos como o fígado, os testículos e os olhos. Não é, portanto, hereditária.

Com período de incubação que varia entre três e cinco anos, sua primeira manifestação consiste no aparecimento de manchas dormentes, de cor avermelhada ou esbranquiçada, em qualquer região do corpo. Placas, caroços, inchaço, fraqueza muscular e dor nas articulações podem ser outros sintomas.

Com o avanço da doença, o número de manchas ou o tamanho das já existentes aumenta e os nervos ficam comprometidos, podendo causar deformações em regiões, como nariz e dedos, e impedir determinados movimentos, como abrir e fechar as mãos. Além disso, pode permitir que determinados acidentes ocorram em razão da falta de sensibilidade nessas regiões. O diagnóstico consiste, principalmente, na avaliação clínica: aplicação de testes de sensibilidade, força motora e palpação dos nervos dos braços, pernas e olhos. Exames laboratoriais, como biópsia, podem ser necessários.

O Brasil é o segundo país com maior incidência da doença, perdendo apenas para a Índia. De acordo com o Ministério da Saúde (MS), as áreas onde se concentram a maioria dos casos são as capitais e as cidades com mais de 100 mil habitantes das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, além da Baixada Fluminense (Rio de Janeiro), das regiões metropolitanas de São Paulo e Belo Horizonte e do norte de Minas Gerais.

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